Os CTT apresentaram lucro e não têm passivo bancário
Os CTT estão a passar por uma inevitável profunda reestruturação .
Os lucros caíram até setembro 58% para 19,5 milhões de euros. Mas acima de tudo, a empresa liderada por Francisco Lacerda anunciou que vai propor um corte dos dividendos que serão distribuídos aos accionistas referente ao actual exercício. É este o drama que faz agitar os defensores dos CTT públicos.
A grande aposta para o futuro é no Expresso & Encomendas (comércio tradicional) e no Banco CTT para fazer face à quebra do correio tradicional.
Sobre o Banco CTT disse que “está a correr muito bem”, “o numero de contas e clientes está a crescer. “Apresentámos 190 mil contas em um ano e meio, temos 240 mil clientes e mais de 500 milhões de euros em depósitos”.
A companhia diz que o volume do correio endereçado tem estado numa diminuição continua desde 2001, sendo hoje cerca de 50% inferior a esse ano hoje é de 0,7 mil milhões de correio endereçado. E que assiste-se a uma aceleração da queda nos últimos trimestres com uma queda de 6% nos primeiros nove meses de 2017, o que compara com quedas médias de 4% entre 2014 e 2016.
Nas cartas a empresa de correios é o líder e incumbente e detém a concessão do Estado, mas há cerca de um ano, o Governo anunciou que ia deixar maioritariamente de enviar cartas aos cidadãos, passando o email a ser o meio de comunicação utilizado.
Os CTT dizem no entanto que há um forte potencial de crescimento do mercado do comércio eletrónico, que continua com uma penetração reduzida em Portugal e Espanha.
Francisco Lacerda disse ontem à TVI 24 que este plano é “a reinvenção da atividade dos CTT, que como todas as empresas do mesmo setor noutras partes do mundo, estão numa transformação profunda que é provocada pela alteração das preferências dos consumidores”. O que temos visto é uma redução forte no volume de correio e um aumento das encomendas e das encomendas ligadas ao comércio electrónico. “Esta mudança não se conseguirá nunca fazer de uma forma suave”, disse o presidente dos CTT.
“Quando há uma redução do volume dos correios o preço sobe” dentro de determinadas balizas (a maior parte delas regulatórias), diz Francisco Lacerda .
O que se passa nos CTT é uma adequação da empresa ao mercado imposta pela preferência dos clientes . Nada mais natural e imperativo para manter o serviço público concessionado.O Estado não paga nada pela concessão do serviço público .
Ovo eléctrico que os CTT apresentaram em Aveiro .A fase de testes deste veículo, produzido pela UOU mobility, uma startup de São João da Madeira, teve início na passada terça-feira, conforme adiantou ao Motor24 uma fonte oficial dos CTT, revelando igualmente que este foi um veículo "especialmente adaptado para a distribuição urbana de correio e encomendas"