Onde está a surpresa nas sondagens ?
Depois de quatro anos muito difíceis com as medidas da Troika o PSD mesmo assim ganhou as eleições legislativas. Nessa altura já a economia crescia, havia espaço para a devolução de rendimentos e para a redução da carga de impostos.
António Costa para salvar a pele tirou o coelho do chapéu, criou a geringonça e fez à esquerda o que o PSD teria que fazer à direita. Os objectivos eram os mesmos só as medidas eram diferentes.
Devolver rendimentos mais pausadamente, reduzir a carga fiscal, manter o défice controlado e baixar a dívida. O programa de compra do BCE, baixando os juros a níveis nunca vistos, criou a almofada financeira, juntamente com a criminosa redução do investimento e a degradação acentuada da qualidade dos serviços públicos muito especialmente no SNS.
O PS está a gora a beneficiar da mesma visão que os portugueses tiveram com o PSD nas últimas legislativas. Há que deixar que o PS de António Costa siga o seu caminho até se ver se o porto é ou não seguro. No próximo ano e no ano seguinte já se saberá.
Sem as reformas que o BE e o PCP não deixam fazer ( vejam como Catarina e Jerónimo gritam para que os avanços se mantenham e como temem as alterações à lei laboral e a CGTP ameaça que 2020 será um ano agitado) a economia irá entrar novamente numa pasmaceira que Costa teme. Centeno já deu mostras que está de mal aviadas e não quer enfrentar esse ciclo económico em baixa.
Ora, tudo isto será mais fácil de enfrentar se o PS tiver maioria absoluta e não precisar de ceder às reivindicações dos partidos à esquerda. Bastam os problemas que não conseguirá evitar.
Mudaram todos em relação às eleições legislativas anteriores menos o voto do povo. Que o PS acabe o que começou.