Olha se fosse nos hospitais privados
Há por aí uns quantos hospitais públicos com as urgências a abarrotar. Sempre será assim nos "picos" de inverno ou por outras razões. Apesar do Protocolo de Manchester que, à chegada, classifica o doente segundo a urgência da doença que apresenta. Mas, é óbvio, que há uma componente do foro psicológico que dificilmente é controlável. A ansiedade de quem está doente leva-o sempre a pensar que o seu assunto é mesmo muito urgente, o mais urgente de todos. É também essa ansiedade que explica que 60% das urgências sejam "falsas urgências".
O que fica por explicar é porque razão, havendo hospitais com capacidade disponível, esta não seja aproveitada. Bastaria que o doente tivesse o direito de escolha, não estando sujeito ao hospital da sua área de residência. Essa capacidade disponível devia ser colocada ao serviço prestado pelo SNS, fosse o respectivo hospital público ou privado.
Claro que aos amigos dos pobrezinhos e do monopólio do estado na saúde o doente não interessa nada. Pode lá ser o estado pagar a privados para curar gente doente? Quem quer hospitais privados que os pague. Se não tiver dinheiro que espere 24 horas nas urgências de um qualquer hospital público.
É razoável, não é ?