O sucesso dos incêndios de Monchique segundo António Costa
Os incêndios de Monchique são a excepção ao sucesso das medidas tomadas no resto do país que não arde diz Costa sem se rir.
O que Costa não diz é que o resto do país que não está a arder é porque já ardeu . Isto é, arde onde a matéria combustível se amontoou .
António Costa vê no drama das populações da Serra de Monchique um sucesso . O que interessa mesmo é passar a ideia que Monchique tinha que arder, fatal como o destino, não se espere que os incêndios terminem rapidamente porque vamos ter mais uns dias de incêndios e dramas. Mas se é assim, se os incêndios em Monchique foram anunciados e o primeiro ministro sabia que eram inevitáveis, porque foi ele conhecer o trabalho prévio em execução na Serra e anunciou um trabalho exemplar ?
É difícil ter a hipocrisia deste político, desde a facada nas costas a Seguro até à fuga em 2017 para férias enquanto lavravam os incêndios de Pedrógão, passando por encontrar uma solução política para salvar a pele e, last but not de least, o agora sucesso em Monchique.
Vale tudo, incluindo a desgraça alheia, para fugir à responsabilidade política de ter sido ministro da administração interna ( o enquadramento jurídico e organizacional ainda é o seu) e de ser primeiro ministro quando ocorrem os mais dramáticos incêndios dos últimos vinte anos.
Costa não é um ser humano que se goste de ver. E de ter por perto. Não. Aquilo é muito feio, mesmo muito feio.