O sucesso do modelo de gestão que há muito é praticado no privado
Os chamados Centros de Responsabilidade Integrados foram iniciados no SNS pelo ex-ministro Adalberto Fernandes. Um modelo de gestão há muito praticado na iniciativa privada. Fixam-se objectivos, negoceiam-se incentivos e as equipas têm a maior liberdade com a maior responsabilidade.
O ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, impulsionador destes centros, acredita que com "mais dez a 15 CRI no país se resolve o problema dos 50 a 60 mil doentes que esperam mais do que o recomendado para uma cirurgia". Na apresentação dos resultados do CRI de Obesidade do S. João, Adalberto Campos Fernandes frisou os resultados "esmagadores", aconselhando outros hospitais "a seguir o exemplo" e a criarem centros semelhantes nesta e noutras áreas. Quando deixou a pasta, em outubro de 2018, havia quase 80 candidaturas, mas a remodelação da equipa ministerial abrandou os processos.
O CRI de Obesidade do CHUSJ nasceu em janeiro de 2019 e foi um dos primeiros do país, mas o modelo está a ser replicado. "Há, neste momento, 20 a 25 CRI em funcionamento ou que vão começar em breve", afirmou Ricardo Mestre, vogal da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), no Porto.
Há 40 anos, jovem gestor de empresas, aprendi este modelo de gestão numa empresa internacional. Chegou agora ao Serviço Nacional de Saúde depois de tanta gente na Administração Pública e na classe política tudo ter feito para o impedir. Não só na saúde mas também na Educação, onde tardam a autonomia e a gestão por objectivos.
Para só referir os mais óbvios sectores que muito podem ganhar com o modelo de Gestão por Objectivos.