O SOCIALISMO E OS SEUS COMEÇOS AO LONGO DO SÉCULO XIX - Prof Raul Iturra
Aconteceu a Revolução Industrial no Século XVIII na Grã-bretanha. Rapidamente espalhou-se por todo o Continente Europeu e as suas colónias. O emprego acontecia nas cidades, os campos e sítios rurais ficaram vazios.
Uma luta começara: ao dos proprietários de meios de produção, que começaram a investir a sua fortuna em indústrias e manufacturas para fabricar bens que rendessem lucro e mais-valia, pagando salários miseráveis aos que proporcionavam os meios de trabalho, aos que cediam a sua força de trabalho e a da sua família, denominados mais tarde proletários, a seguir uma análise da situação social, da parte de um filósofo, Kart Heinrich Pembroke Marx.
Kart Marx analisou e descobriu a fórmula do capital e a transferiu ao povo trabalhador. Mas, com palavras tão difíceis, que apenas os que eu denomino da classe doutoral, entendiam. Aliás, não era apenas Marx que estudou o capital e os seus lucros: Friedrich Engels, a Baronesa prussiana Johanna von Westaphalen, a sua mulher, denominada sempre como Jenny Marx, não apenas sabia, bem como também escreveu um texto retirado do saber do seu marido, do seu amigo Engels e das ideias de Grachus Nöel Babeuf, do Século XVIII. Um Babeuf que organizara a Revolução Francesa, com outros e escrevera um texto que levantara ao povo contra a aristocracia que retirava deles bens que produziam e campos alugados sob o contrato de enfiteuses. O texto era Le Manifeste de plébéians é dizer, o manifesto dos plebeus, em 1785, o que causara um auto governo da primeira Comuna de Paris, e em 1795, a sua morte.
Enquanto escrevia e editava um livro que acabei faz poucos dias: Marx, um devoto luterano, encontrou tanta informação, que me parece impossível não transferir aos leitores.
A minha maior surpresa, foram os escritos de um aristocrata russo, aparentado com a família Romanov, mas um aristocrata subversivo que entregou a sua vida à defesa do povo, especialmente servos da gleba, que na Rússia Czarista havia muitos, e, mais tarde, por ter que fugir da prisão, dedicara o seu talento a causa operária, apesar dos pedidos do Imperador Czar Alexandre II, um liberal.
Solicitou de Michael Bakunin, a pessoa da minha descoberta, um anarco sindicalista, que, durante os seus aos de prisão, escreve-se as suas Confissões, ser assim perdoado e sair em liberdade. É esta a história que investiguei e que entrego parcialmente ao público o resto está no livro sobre Marx.
Quem era Bakunin? Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (em russo Михаил Александрович Бакунин; Premukhimo, 30 de maio de 1814 — Berna, 1 de julho de 1876), também aportuguesado em Bakunine ou Bakúnine, foi um teórico político russo, um dos principais expoentes do anarquismo em meados do século XIX.
Nascido no Império Russo de uma família proprietária de terras de linhagem nobre, Mikahil Bakunin passou sua juventude em Moscou estudando filosofia e começou a frequentar os círculos radicais onde foi em grande medida influenciado pelas ideias de Aleksandr Herzen. Deixou a Rússia em 1842 mudando-se para Dresden (Alemanha), e depois para Paris (França), onde conheceu grandes pensadores políticos entre estes George Sand, Pierre-Joseph Proudhon e Karl Marx.
Bakunin refutava a ideia religiosa de livre-arbítrio e defendia uma explicação material dos fenómenos naturais: "as manifestações de vida orgânica, propriedades químicas e reacções, electricidade, luz, calor e atracão natural de corpos físicos, constitui da nossa perspectiva, tantas formas diferentes, mas não menos variantes interdependentes da totalidade de elementos reais daquilo que chamamos de matéria" (Escritos Selecionados, página 219). A "missão da ciência é, por observação das relações gerais compreender os fatos verídicos, e estabelecer as leis gerais inerentes ao desenvolvimento de um fenômeno no mundo físico e social."
Bakunin, no entanto, rejeitava a noção de "socialismo científico", escrevendo em Deus e o Estado que um "corpo científico, tão logo a ele seja confiado o governo da sociedade, acabaria rapidamente por dedicar-se, não mais para a ciência, mas se envolveria em outro assunto… em sua eterna perpetuação, tomando a sociedade que nele confiou aos seus cuidados, tornando cada vez mais estúpida e, consequentemente, mais necessitada de seu governo e direção.
Raul Iturra
2 de Outubro de 2014
lautaro@netcabo.pt
Xilogravura do rosto de Bakunin, cerca de 1880
A minha fonte, entre outras, é: Chomsky, Noam (1970). For Reasons of State. New York: Pantheon Books; Man, Society, and Freedom, Mikhail Bakunin, 1871.
Esta é apenas uma introdução. O texto por mim estudado e analisado, segue em anexo a este texto