O SNS é universal e tendencialmente gratuito mas pouco
As famílias portuguesas pagam despesas directas de saúde acima da média europeia. Mas o estado paga abaixo da média europeia. Cá andamos a dar lições ao mundo.
No SNS, o número de despesas não reembolsadas é "elevado". Há famílias em Portugal com despesas "catastróficas" na saúde. E depois os privados crescem. Ainda bem, problema seria se a alternativa fosse uma qualquer lista de espera.
Com este nível de despesas que não são reembolsadas, há várias famílias que acabam por ter dificuldades em pagar os cuidados. São cerca de 8,1% os agregados familiares em Portugal que já tiveram gastos “catastróficos” com a saúde, ou seja, que representaram mais de 40% do total das suas despesas.
Os portugueses pagam pela saúde muito mais do que os outros europeus. Enquanto que, na média da União Europeia (UE), os utentes pagam apenas 15,8% da despesa total com saúde, em Portugal esse valor representa 27,5%, quase o dobro. Em contrapartida, o Estado assegura 66,4% — muito abaixo do que acontece nos países da UE, onde a média é de 79,3%. Esse valor do financiamento público da saúde está, aliás, em queda, segundo os dados mais recentes, relativos a 2017.