O sindicalismo radical e a gestão envergonhada
Acabou a greve no porto de Setúbal com a entrada para os quadros de pessoal de 56 trabalhadores precários. Isto é, arrisca-se a actividade de um porto fundamental para as nossas exportações por uma ninharia.
O sindicato é radical e a gestão da empresa que administra o porto é de uma pobreza confrangedora. O que estava em causa nem por sombras valia uma pequena parcela do que foi colocado em risco.
A Autoeuropa e outras importantes empresas exportadoras sofreram elevados prejuízos a ponto de algumas delas ameaçarem deslocalizar com o consequente desemprego de milhares de trabalhadores . E estas grandes empresas são na maioria delas cabeça de fila de actividades de dezenas de médias e pequenas empresas.
O governo, a pensar nas eleições, foge a sete pés de tudo o que lhe possa trazer convulsões sociais porque a sua estratégia é dizer que nada tem a ver com os dramas que assolam o país.
A greve do porto de Setúbal pariu um barco a remos quando a ameaça era afundar um navio contentor. Temos que agradecer a António Costa ter aberto caminho a estes extremismos para salvar a sua própria pele.