O que falhou na TAP foi a estratégia do governo
A começar pela reversão da privatização que o anterior governo fez. Se o estado nada tem a ver com a administração da TAP só a si mesmo deve culpar. A operação de reversão foi-nos vendida como uma operação de grande nível feita por gente de grande inteligência próxima de António Costa.
O Estado e os privados não têm culpa da pandemia que amarrou em terra a frota de aviões mas, o que o governante nos diz é que mesmo antes do Covid-19 a situação da companhia já era crítica.
O que nós sabemos é que o privado americano tem duas companhias aéreas no outro lado do Atlântico. Fez o que tinha a fazer. Encaminha os passageiros da TAP para as suas companhias nas américas e encaminha os passageiros das companhias americanas para a TAP. Esta estratégia é tão racional e límpida que não deve merecer nenhuma surpresa. A não ser que o Estado e os seus representantes não percebam nada de transporte aéreo ou andem com outras coisas para fazer.
A dívida da TAP anda em cerca de 1.000 milhões e cresce para 3.300 milhões com os contratos de "leasing" dos novos aviões. Há cerca de 17 aviões a mais do que o esperado no "Plano Estratégico", plano este que foi estabelecido por todos os accionistas . O Estado sabia.
O que também já era evidente é que o único accionista que tem aviões para contratar em "leasing" é o accionista americano que fala português esquisito. Ora bem. Preciso de aviões na TAP vou buscá-los às empresas do outro lado do mar e faço chorudos contratos.
Isto é, o accionista americano que é o único que sabe do negócio de transporte aéreo e conhece os "players" chave a nível mundial, colocou a TAP numa situação( bem melhor do que antes da sua entrada na companhia) em que ganha sempre.
Salvo se levar com uma pandemia em cima depois de ter levado com uma "nacionalização" envergonhada. E o ministro há falta de argumentos fala alto. De bandeira...