O Primeiro Ministro recusou-se a ajudar o BES
Ricardo Salgado queixa-se que contrariamente ao habitual o governo não quis envolver-se no processo. Fá-lo com azedume. Isto depois de ter recusado a recapitalização com dinheiro que o governo colocou à disposição da banca e que só o BES recusou. Hoje sabe-se que tinha uma boa razão para a recusa. Queria bem longe a Troika.
Eu ainda julguei que a este nível mesmo as batotas requeriam alguma sofisticação mas, o desvio de somas astronómicas, fazia-se rasurando o nome do titular da conta. O BES transferia uns milhões para uma dada conta, rasurava-se o nome do titular e devedor, o banco ficava sem saber a quem pedir o dinheiro, levava o débito de milhões a "imparidades" e já está.
Passivos que passavam em poucos meses de dois mil milhões para seis mil milhões sem razão aparente e sem que as contas registassem as operações correspondentes.
Chega a envergonhar quem assiste à actuação do banqueiro. Não sei, não me lembro, a legislação Angolana não deixa, está em segredo de justiça. O Banco de Portugal não avisou, os auditores não disseram nada.
É um caso para a justiça, uma D. Branca de braço dado com o "espírito santo" .