O primeiro erro grave de António Costa candidato
"Esquerdizar" o PS e fechar a porta ao "centro" não lembra a ninguém a não ser a quem ainda não percebeu que não tem hipóteses nenhumas de ganhar com maioria absoluta. Costa está convencido que o eleitorado já esqueceu o último mandato de Sócrates. As críticas entre os "seguristas" sobem de tom.
As maiorias ganham-se ao centro mas Costa ensaia a táctica que usou em Lisboa. Junta-se à esquerda para a engolir de seguida. E Assis já avisou pois em matéria de dívida, finanças públicas e reforma do Estado “o PS tem que estar aberto ao centro”.
“Esta esquerdização contraria aquilo que tem sido o PS ao longo da sua vida, que foi sempre um partido moderado. É uma surpresa”, declara Vítor Baptista, preocupado com a “governabilidade” do país. “É um péssimo começo”, diz, acrescentando nessa avaliação “as exclusões e saneamentos” de alguns seguristas. Tanto Baptista, como Ricardo Gonçalves ficaram sem assento nos órgãos nacionais do partido.
Um PS que tem como matriz essencial pertencer à União Europeia e ao Euro abre-se aos que pugnam para rasgar o Tratado Orçamental. Quem se apresentar ao eleitorado com abertura para negociar coligações de governabilidade estáveis ganha um poderoso argumento eleitoral. O PS acaba de o inviabilizar.