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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O perigo em Portugal é o estatismo

Por cá ainda não há populismo. Os partidos populistas valem agora menos do que em 2008 . Não temos Trump, nem o Podemos, nem Le Pen mas estamos próximos de Putin. Do estatismo.

Não vou tentar adivinhar o que vai passar-se em Portugal. Vou apenas lembrar o que se passou entre 2005 e 2011, com os governos de José Sócrates. Deixemos agora de lado a investigação judicial em curso. Fiquemo-nos pelo que é muito claro ter sido um projecto de poder que previa, a partir do Estado, o domínio da banca, das grandes empresas e da comunicação social — tudo muito bem embrulhado na demagogia do desenvolvimentismo. Um magistrado de Aveiro ouviu indícios de um atentado ao Estado de direito. O que ele ouviu foi destruído, para que mais ninguém pudesse ouvir.

A sociedade portuguesa é, há anos, uma aglomeração assustada de empresas sem capitais, famílias endividadas e jovens desempregados. Não lhe restam muitos meios para se defender de quem, do alto do poder do Estado, a pretenda avassalar. O método está definido: reforçar a administração com pessoal agradecido, e depois governar o país para benefício dessa massa de dependentes, incluindo os pensionistas mais ricos; controlar o crédito e a economia através do banco público ou de banqueiros amigos; manter um grande alarido sobre a “direita radical”, que, por pura maldade, deseja “destruir o Estado social” e vender a pátria à Sra. Merkel, para estigmatizar qualquer alternativa.

Não, em Portugal o perigo não é o populismo, é o estatismo.