O OE é "mau" e a economia abranda no 3º trimestre
O orçamento está preso por quatro arames .
"Com uma política orçamental conservadora e prudente, Portugal teria já em 2017 atingido um equilíbrio orçamental nominal", critica o economista, que classifica este orçamento de "mau", apesar da cautela nas previsões macroeconómicas e em poucas mudanças na área fiscal, onde esperemos que seja abandonada a ideia de aumentar a taxa de IRC", que caso seja efectivado como pretende o PCP, colocaria a taxa máxima de imposto aplicado às empresas em 31,5%, "o valor mais alto dos países da União Europeia".
Segundo João Miranda Sarmento, a economia portuguesa está presa por "quatro grandes arames": uma política monetária expansionista do BCE [Banco Central Europeu], um crescimento moderado das economias europeias, o baixo preço do petróleo e um efeito de crescimento do turismo, pois embora outros sectores estejam também a crescer, o turismo sustenta parte considerável do crescimento.
Estes são "factores conjunturais que geram crescimento cíclico, que gera receita cíclica (ou menos despesa de juros no caso do BCE, que vai mantendo as taxas de juro historicamente baixas), que financia despesa estrutural".
Isto é a despesa veio para ficar mas a receita pode ficar ou não. E como nestas coisas o diabo pode não se ver mas anda sempre por aí...