O objectivo último da escola pública
Sem direito à liberdade de escolha e sem alternativa condições necessárias para prosperar a ideologia única : o objetivo é combater as crenças criadas em torno de uma herança cultural. Nada é dito sobre a substituição dessas crenças por outras. Isso fica subentendido. As primeiras crenças [que urge apagar das consciências dos indivíduos] são obscurantistas; as segundas crenças, libertadoras. As primeiras são más, as segundas naturalmente boas. Quem permanecer agarrado às primeiras é catalogado com o carimbo de reacionário (3). Quem abraçar as segundas é visto como progressista. E o “processo de libertação” fica a cargo do professor que assume o papel de intelectual transformador, instrumento ao serviço do projeto revolucionário em curso.
Desde o 25 de Abril que a luta se desenrola à volta da unicidade sindical, da liberdade de expressão, do pluripartidarismo. Resta a escola única.