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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O Novo Banco e a nobre arte de legalizar o roubo


 






No Público de hoje:



“Na sequência do óptimo artigo de investigação de Paulo Pena sobre o Novo Banco e o Portfólio Viriato, Amílcar Correia escreveu um editorial que começava assim: “O Novo Banco vendeu mais de 13 mil imóveis a um fundo anónimo sediado nas ilhas Caimão, emprestou dinheiro a quem os comprou, registou prejuízos daquele que foi o maior negócio imobiliário dos últimos anos em Portugal, e ainda recebeu compensação pelas perdas de centenas de milhões através do Fundo de Resolução.”



“O mais curioso nesta lista de factos é que tudo o que ali está descrito é perfeitamente legal. Rui Rio quer que o Ministério Público investigue, mas não é claro que haja grande coisa para investigar. (...)



“E se se descobrir que o acordo [entre o Estado e a Lone Star] foi mal negociado? Bom, nesse caso o novo governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, terá de averiguar se os interesses do Estado português foram devidamente acautelados pelo antigo ministro das Finanças, Mário Centeno, em 2017 – o que também é perfeitamente legal.



“Acaso se realize a comissão de inquérito que Rui Rio admitiu convocar sobre a venda do Novo Banco, é até possível que o ex-ministro das Finanças Mário e o actual governador do Banco de Portugal Centeno venham a confrontar-se no Parlamento, para ver quem fala verdade.



“Estou capaz de apostar no resultado final: tudo perfeitamente legal. O golpe de génio da alta finança predatória está em transformar aquilo que antes se chamava “roubo” num conjunto de operações financeiras extremamente opacas e complexas, pejadas de conflitos de interesse e… perfeitamente legais.



“Não admira que depois venha José Miguel Júdice garantir-nos que Ricardo Salgado não é nenhum gangster. Claro que não é. É apenas um bom CEO que teve azar.”