O miserabilismo interno não cola com o positivismo externo
Cá dentro cultiva-se o miserabilismo lá de fora chega-nos a esperança. Agora ficamos a saber que entre todos os países intervencionados Portugal foi quem menos empobreceu.
A OCDE analisou ainda como é que a perda de rendimentos afectou os mais pobres e mais ricos, concluindo, no caso de Portugal, que a crise e a subsequente política de austeridade retirou mais a quem mais tinha: a perda anual média de rendimento real disponível dos 10% mais ricos foi de 3,7%, ao passo que os 10% mais pobres perderam 1,9%. Essa conclusão vai na linha de um anterior estudo do FMI, e é valida na Islândia (os 10% mais ricos perderam 9,7%; os 10% mais pobres ficaram com menos 6,4%). Mas não é válida para outros países resgatados.
Entretanto a OCDE melhora perspectivas positivas para a economia portuguesa.
Depois de terem sofrido uma degradação entre Abril e Julho, as perspectivas de evolução da actividade económica em Portugal recuperaram em Agosto e essa melhoria prosseguiu pelo menos até Outubro, sugere o indicador compósito avançado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).