O malabarista político caiu fora da CAIXA
Desta vez o malabarista político calculou mal o salto e caiu fora da caixa de segurança. Palavra dada palavra honrada, assegurou ao gestor que não era preciso depositar a declaração de rendimentos e património no Tribunal Constitucional. Agora, apertado por uma Lei da sua lavra diz, candidamente, que já entregou a sua.
A isto chama-se tirar o tapete a António Domingues e vamos ver se além do tapete não lhe tira a CAIXA de segurança e se os danos no banco publico não serão já inevitáveis e incalculáveis.
A deputada Catarina Martins, tomada pela mesma febre criativa veio propor que a declaração de António Domingues ficaria secreta. Ora isto é o contrário do espírito e letra da Lei. O BE esqueceu muito rapidamente a luta de classes. O que a Lei diz é que as declarações depositadas no Tribunal Constitucional são para serem tornadas publicas. Para que serviriam se assim não fosse ?
É uma vergonha o que se está a passar entre o governo e a administração da Caixa. Depois do governo ter dobrado a espinha perante as exigências de um gestor, vemos agora que o governo para conseguir o que queria mentiu. Depois de cinco mil milhões de euros ( que a anterior administração nunca exigiu), depois de salários milionários, depois de membros propostos para administração terem sido aconselhados a frequentarem cursos de preparação, temos a CAIXA à beira do abismo.
E, pensarmos nós, que tudo isto foi concebido para que rapidamente a CAIXA fizesse chegar dinheiro à economia, às médias e pequenas empresas.
Malabarismo político sem rede, é o que é. Depois vê-se.