O horror do regime boliviano
Chegam as notícias da Venezuela. Mais de dois milhões de pessoas que fogem da fome, da doença, da miséria, sobretudo para os países próximos: Colômbia, Brasil, Equador, Peru, Chile. A pé, em grandes filas. Uma inflação estratosférica. Imagens de hospitais em caos e incalculável penúria. E tudo o mais que se adivinha por detrás do horror já de si muito visível. Do outro lado, o grotesco. O tintinesco Maduro anunciando os seus grandes planos para a economia do país, abarrotado de petróleo e em tempos o mais próspero da América Latina, e aconselhando aos cidadãos a compra de lingotes de ouro. Os dignatários do regime rindo com ele e batendo palmas. Os grupos de criminosos que guardam a “revolução” aterrorizando criaturas inermes e desesperadas.
Convenhamos que é difícil não deduzir de tudo isto o horror do regime “bolivariano”. Mas há, como se sabe, quem não o faça. O Partido Comunista persevera na sua particular versão dos acontecimentos.