O governo quer impor a sua ideologia aos jovens
É extraordinário que quem diz defender as liberdades queira agora impor a sua ideologia aos mais jovens.
O PS defendeu, em 1975, aquando da elaboração da Constituição Portuguesa, a “recusa do controle político do conteúdo da cultura e da educação”.
Desde o ano letivo de 2018/2019, foi introduzida a disciplina de “Educação para a Cidadania e Desenvolvimento” com conceitos e ideias que competem aos pais decidir como transmitir aos filhos. Entre os temas abordados está o autodesenvolvimento, o relacionamento interpessoal, o pensamento crítico, a ideologia de género, mas também de que forma os acontecimentos históricos devem ser interpretados. A disciplina desenvolve até mesmo de que modo a sexualidade deve ser vivida, incluindo inclusive no seu programa, nomeadamente, que “os alunos experimentem a sua sexualidade quer seja nas suas brincadeiras (…) mas também na relação com os docentes e trabalhadores da escola” (Referencial de Educação para a Saúde, pág. 74).
Trata-se, portanto, de impor uma forma de pensar aos jovens, já que a formação da sua consciência é influenciada pelo que for dito na disciplina, que se impõe intransigentemente, pois os alunos são obrigados a concluir a mesma.
O BE à boleia do colo de António Costa vai-se insinuando no controlo da escola pública tornando obrigatório aquilo que, pela sua natureza, é essencialmente livre.
Cada um que eduque os seus filhos como entender, mas não pode impor essa educação aos filhos dos outros. O Estado não tem o direito de impor uma ideologia ou uma forma de ver o mundo, sob pena de estarmos a ferir de morte a democracia.