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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O governo a viver de anúncios

Não sou dos satisfeitos pela redução (o modo) do défice orçamental. Sabia que Centeno preparava, às escondidas da tótó esquerdalha, as contas para que - milimetricamente - fosse encaixada a exagerada recapitalização da CGD.
Centeno cometeu "crimes" e erros. Jurou que a CGD não iria a défice. Foi ao défice.
Mas preparou a coisa: cortou na Saúde, Educação e adiou sine die as infra-estruturas aeroportuárias, ferroviárias e rodoviárias já acordadas desde 2014 com o PS.
O País perdeu obras com apoio comunitário, oportunidade que não haverá nos próximos anos.
Em matéria de obras, resta, a Costa viver de anúncios, até ao fim da legislatura. É o que ele anda a fazer.

Pior, o "capital físico" do País perdeu, em 2017, milhares de milhões de euros (dados de ontem, do INE), o preço da ausência de investimento: estradas degradadas, equipamento hospitalar esgotado, escolar, transportes, já sem valor ou ineficientes e não renovados.
Ou seja, o País perdeu valor: é como uma casa em que não se recuperam as paredes, a canalização, os fios eléctricos. Perde património... ficamos mais pobres. Simples como isto!
Por outras palavras, ainda: Costa e a esquerdalha vivem dos anos, passados, em que se compraram o raio X, a Tac, máquinas, construiram hospitais, etc... Não acrescentam, nem renovam valor.
Vive do passado e do futuro: alguém há-de comprar.
É o diabo.

Convinha, agora, que Centeno fosse ao Parlamento explicar aos contribuintes a razão porque mandou a CGD contratar aos "neo-liberais e especuladores" edge funds quase 1000 milhões de euros em empréstimnos perpétuos (dos quais 450 milhões no ano passado) a pagar juros (também perpétuos) de 12% anuais... Calma: é que a troca deste "negócio" era não levar a CGD a défice...um pagamento, digo eu.
Foi ludibriado. Ou o homem é um intrujão. Vai custar à CGD, em juros aos especuladores, 100 milhões de euros, por ano. É isto.

É claro, diz Centeno e Costa: sem a CGD, o défice seria de 0,9%, o "mais baixo da democracia". Eu digo: com os cortes no mais baixo Investimento Público dos últimos 60 anos, incluindo os anos de Salazar... Sem este plano B, era mesmo o diabo.

Sabem o que chateia mesmo? No melhor momento da economia mundial, Portugal é dos seis países da Europa que menos cresce.
Tudo isto é poucochinho.