O Estado português não está à altura da Democracia europeia
As fragilidades que este estado revela envergonham-nos a todos. Apesar de já sacar ao contribuinte e a quem cria riqueza cerca de 50% do PIB, o Estado mostra-se insaciável e sem resultados .
É de tal ordem que já temos os partidos envergonhadamente a mais uma vez irem ao saco pela calada. Mas o Estado não protege o território e as suas populações algo que só ele pode fazer. O SNS bateu no fundo com médicos e enfermeiros indignados com a falta de verbas e as cativações. Na Educação os alunos sofrem com o frio porque não há dinheiro para o aquecimento . O que é preciso mais para parar para pensar ?
Para o debate português, entre outras questões vitais, uma parece emergir: a da fragilidade do Estado. Os últimos anos foram cruéis e reveladores.
O Estado ficou frágil diante dos interesses de meia dúzia de grupos, de famílias e de bancos sem escrúpulos, com métodos que incluíram o banditismo, o crime de colarinho branco e o aproveitamento de oportunidades que o regime democrático oferecia.
O Estado esteve frágil perante as actuações predadoras de bandoleiros que conseguiram utilizar todos os processos democráticos de organização do poder político, da Administração Pública e dos órgãos de soberania, para corromper, enriquecer e locupletar.
Mas como diz o Bloco de Esquerda é preciso ir buscar o dinheiro onde ele está. Chapa ganha chapa gasta sem critério e sem retorno visíveis.
Em vez das supostas e mentirosas vitórias temos que pensar e agir em prol do interesse de todos.
O que se prepara na Santa Casa e no Montepio é outro assalto e que mostra que as tramóias que envolvem milhões já chegou ao dinheiro dos pobres para salvar (?) o dinheiro dos ricos. E já entramos no passa culpas como se vê nas declarações do ministro Vieira da Silva.
Este governo não tem a ver com nada . O que é verdade mas mostra a sua total irrelevância.
Em tudo quanto diz respeito à corrupção política, ao poder económico, às regalias dos partidos políticos e ao privilégio de famílias com nome e fazenda, o Estado democrático encontra-se jacente e moribundo.
O Estado português não está à altura da democracia europeia, da liberdade e da protecção devida aos cidadãos.
Mas PS, PCP e BE querem mais Estado . Não se batem por melhor Estado .