O Estado na TAP a salvar-se de si mesmo
O governo foi à TAP privada e exigiu ser accionista maioritário à custa de cedências várias. Gritou-se "nacionalização" e êxitos de homens amigos do PM e muito capazes. Vai-se a ver e a TAP é gerida pelos privados e o governo não manda nada. De tal forma que o ministro diz agora que o Estado está de mãos atadas e que não pode ceder a chantagens. E que pode ir à falência.
Os privados fizeram crescer imenso a companhia com o aumento da frota de aviões e de rotas . E há mais 2 000 trabalhadores. Parte dos aviões são alugados a uma companhia do privado americano . A estratégia de crescimento foi apanhada pela pandemia e a maior oferta não tem procura.
Há outras companhias aéreas europeias com os mesmos problemas que se estão a redimensionar mas como são privadas seguem os caminhos conhecidos nestas situações. Cá nós temos o problema da TAP ser de bandeira e isso muda tudo para pior.
O ministro a semana passada gritava aos deputados que o Estado não deixaria cair a TAP, hoje já não grita e diz que a companhia até pode ir para a falência. Isto é, o Estado não tem estratégia nem dinheiro.
Resta-nos a consolação de termos lá uns gestores públicos com salários milionários e que recebem uns bónus como se estivessem numa companhia lucrativa. A sorte da companhia é que são todos amigos do peito do PM.