O BE vendeu-se ao poder
O BE ofereceu-se ao PS para ir para o poder . A troco daquilo em que acredita. Paz à sua alma.
Para mim ver o PCP e o BE apoiar um orçamento que cumpre as regras europeias é ouro sobre azul. Ao contrário do que dizem os partidos da extrema esquerda não há alternativa.
O Bloco fez aquilo que o PS, ou melhor António Costa, deixou que fizesse. O BE protestou (e até exigiu escrutinar) as cativações de Mário Centeno. Elas acabaram? O BE exigiu mudanças profundas na legislação laboral. O governo mudou quase nada. O BE exigiu mais défice. O governo fez exatamente o contrário. O BE quis abrir indiscriminadamente o acesso às reformas antecipadas aos 60 anos. O governo só dá reforma a quem, cumulativamente, tenha 60 anos de idade e 40 de contribuições. O BE exigiu maior aposta no SNS. O governo fez orelhas moucas. O BE queria a reposição integral do tempo de serviço dos professores (9 anos, 4 meses e dois dias). O governo deu dois anos e 9 meses e 18 dias. O BE queria reestruturar dívida. Mário Centeno está a amortizá-la (todinha).
O que levou a direção do Bloco e a sua eminência parda (Francisco Louçã) a optarem por esta estratégia? A ambição de crescer? Não. As "migalhas". Influenciam uma (pequena) parte das decisões. E isso chega-lhes. Vamos ver o impacte que isso terá nos votos...