O BE aponta o PS como seu principal adversário
Quanto menos força tiver o PS mais força terá o BE, é esta a cartilha eleitoral de Catarina Martins. Talvez o PS pague caro a salvação eleitoral de António Costa.
Demarcar-se dos socialistas, dizer que sozinhos são um perigo porque viram à direta, e enaltecer os feitos conseguidos pelo BE em regime de influência ao PS. “Se com 10% conseguimos isto, imaginem com mais“, chegou a dizer Joana Mortágua. É esse o mote do BE para o ano eleitoral que aí vem: pedir mais votos, mais força, porque o voto útil acabou e cada partido conta. Já se percebeu que a porta para uma nova “geringonça” está aberta, mas desta vez o Bloco será mais exigente, e não vai querer ficar em segundo plano.
É verdade que falta um ano para as eleições legislativas, mas a campanha já está definitivamente no ar. Registamos aqui os muitos momentos em que, no primeiro dia de convenção, os bloquistas atacaram o PS para salvarem a sua pele nas urnas.
Fica claro que, daqui para a frente, e para efeitos de caça ao voto, o PS é mesmo o novo adversário do BE. Ou melhor, a sombra de uma eventual maioria absoluta do PS é o diabo a evitar em 2019.
Tão amigos que eles eram.