O Banco de Portugal não fala, não ouve e não vê
Prudencialmente, o Banco de Portugal não sabe ( ou sabe?) nada sobre o que deveria saber. Porque a técnica do saque é conhecida mas, mesmo assim, resulta.
O Banco Espírito Santo financiava as suas 400 empresas com dinheiro da PT da qual era accionista. Era o primeiro banco, a primeira seguradora, a primeira consultora e indicava a administração. Isto é, em todos os sectores da PT o BES sacava o bife do lombo.
E, isso, não o impedia de se financiar com o dinheiro dos seus clientes vendendo papel emitido pelas suas tais 400 empresas. É o que se chama "pagar com o pêlo do mesmo cão".
Não tem técnica nenhuma especial, é a velha " pirâmide de Ponzi". Cai uma vão todas as outras atrás.
O império de Isabel dos Santos, financiava-se com o dinheiro do petróleo e dos diamantes e com ele comprava partes importantes accionistas de empresas relevantes. GALP, BIC ,Efacec...e as suas 400 empresas( curioso número) serviam para obter empréstimos que a "princesa" usava em negócios próprios.
"Pagar com o pêlo do mesmo cão", não tem nada de subtil é a velha " pirâmide de Ponzi" até rebentar porque mais tarde ou mais cedo rebenta.
Até se conta que por cá um conhecido capitalista comprou um banco com o dinheiro do próprio banco. Passou um cheque no momento da escritura de compra e venda com um vencimento dois dias mais tarde. O cheque era sobre o banco que acabara de comprar e na data de vencimento já era ele ( comprador) o dono do banco.
Verdade ou mentira a verdade é que o Banco de Portugal não sabe e tem raiva a quem sabe.