O abrandamento do investimento directo estrangeiro
Explica parte da nossa falta de crescimento. É que para crescermos 3% ao ano precisamos de 120 mil milhões de euros de investimento por parte das empresas nos próximos 10 anos .
Os bancos não emprestam dinheiro a empresas descapitalizadas porque a sua situação é difícil. Por todas estas razões, o IDE assume uma importância central ao permitir o crescimento acelerado por não pesar nem no crédito nem na dívida.
Depois da vaga de de investimento alemão de que a AutoEuropa é exemplo, não voltou a haver grandes investimentos . E os mais recentes mais não foram do que a passagem para investidores externos do capital de empresas já existentes (EDP,REN,CIMPOR,PT e várias dos sectores da banca e seguros)
Sendo certo que tem havido investimento de expansão de empresas já existentes mas não actividades novas, competitivas a médio e longo prazo .
A nossa pouca atractividade conta-se por não termos um mercado interno comparável ao da Espanha por exemplo, e com custos fiscais e juros mais elevados . E depois há outros factores conhecidos há mais de 20 anos. Taxas de impostos elevadas, regras fiscais em constante mudança, justiça económica lenta e legislação do trabalho rígida, bem como burocracia e dificuldades no licenciamento.
E não há uma adequação de técnicos altamente qualificados às necessidades da procura. Enfim, nenhum destes problemas é fácil de resolver sem um plano de reformas que a extrema esquerda não deixa fazer. Pelo contrário insistem na reversão de medidas que iam no sentido certo.
Neste caminho vamos ter pela frente um futuro poucochinho .
PS : ler Expresso - Pedro Ferraz da Costa