Novo resgate a caminho
Os alertas são mais que muitos. Se a DBRS, agência de notação financeira, baixar o rating para "lixo", como avisa, um novo resgate é inevitável. Isto quando o país reverte as medidas tomadas e devolve salários e pensões com dinheiro que vai buscar a novos impostos indirectos.
E o desemprego cresce, à medida que a economia definha. É este o quadro que é pintado pelas instituições financeiras nacionais e internacionais. O governo desvaloriza.
Uma revisão em baixa da única classificação de investimento terá graves consequências junto dos investidores.
Para o governo a salvação está na execução orçamental de Jan/Fev que, curiosamente, foi feita em duodécimos, isto é, com o orçamento do governo anterior visto não estar aprovado o orçamento para 2016.
No relatório, o FMI diz estimar um défice orçamental no final do ano de 2,9% caso o Governo português não apresente novas medidas de controlo orçamental. Um valor que fica sete décimas de ponto percentual acima do previsto pelo Executivo de António Costa (2,2%).
Já a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fica em 1,4% (repetindo a previsão de Fevereiro), que compara com os 1,8% estimados pelo Governo socialista para este ano e é mais pessimista que os 1,5% de evolução estimada pelo Banco de Portugal.