Ninguém acredita no Orçamento para 2016
Se calhar nem o próprio Centeno. É cada vez mais frequente à medida que se conhece mais do projecto de orçamento, que o crescimento proposto de 2,1% não será maior que 1,7%. Que o aumento dos salários retirará competitividade à economia com nefastos resultados nas exportações
A dívida já está a crescer e as taxas de juro também só falta mesmo as agências de rating darem o golpe final.
A opinião da Moody’s vai ao encontro das projecções da Comissão Europeia, que apontam para uma taxa de crescimento na ordem dos 1,7%, ao contrário dos 2,1% estimados pelo Governo. “Acreditamos que reduzir o défice orçamental para 2,6% do PIB vai revelar-se um desafio”, avançou Muehlbronner ao Diário Económico.
A analista está preocupada que António Costa repita erros do passado. “Uma estratégia focada no consumo privado e no aumento dos salários acima do crescimento da produtividade poderá resultar no regresso aos antigos desequilíbrios da economia portuguesa, com défices da balança corrente e uma perda de competitividade internacional”, defende a especialista da agência de rating.