Nem o défice está controlado
O governo fala-nos de amor às famílias e eficiência da máquina fiscal : aumentaram ambos e por isso devolveu mais depressa, ao que nos diz. Sem menosprezo por estas qualidade, fica uma questão pendente . Em 2016, a devolução do IRS cobrado em excesso em 2015 foi da ordem dos 20% do total das receitas deste imposto ( vendo bem, uma percentagem já muito elevada).
Saberemos, no final de 2017, a quanto ascenderá a percentagem da receita de IRS devolvida às famílias por cobrança em excesso ao longo de 2016 - e se, muito amadas, como sempre, as famílias não foram também usadas para, pagando em excesso ainda mais IRS do que o habitual, ajudarem a diminuir ( artificialmente) o défice público de 2016.
PS : Daniel Bessa - Expresso