Nem o défice
O FMI acaba de anunciar que o défice das contas públicas nacionais ficarão nos 3%, 0,8% acima da previsão do FMI e 0,5% acima do previsto pelo governo.
Face ao comportamento dos indicadores que têm sido anunciados pelas várias instituições financeiras não estamos perante surpresa nenhuma. O governo tem vindo a empurrar os problemas para a frente mas quando é assim chega sempre o momento em que é preciso respirar . Nessa altura a verdade na sua crueza nota-se.
Centeno, que é um técnico mas não é um político, já tinha deixado antever que a sua função resumia-se a conseguir um défice abaixo dos 3% para que Portugal saísse dos países com débitos excessivos. Corremos o risco de enfrentar um sério revês, com o BCE a deixar de nos comprar dívida, a ficar sem parte ou todo o programa dos fundos estruturais e ter que pedir novamente ajuda externa.
Os contribuintes, que estavam mergulhados na incerteza de ter que pagar mais impostos, novos e velhos, agora já podem dormir mais descansados. Os impostos que o governo vem lançando para a opinião pública são mesmo impostos para pagar.
Hoje soubemos que até o vinho vai ser taxado com um IVA mais alto, uma actividade exportadora que vê assim a sua competitividade prejudicada . Depois do sol e das vistas e do dinheiro onde estiver só resta o ar.
Mas não desesperem, com esta solução que António Costa encontrou para salvar a pele, vamos lá chegar.
Ao resgate.