Nascimentos aumentam pela primeira vez em três anos
A confiança dos portugueses pode medir-se de muitas formas. Uma delas, e das mais significativas, é o número de nascimentos. As mulheres portuguesas, que são mães mais tarde, olham para a situação do país com a confiança necessária para terem filhos.
A saída da Troika e a diminuição do desemprego nos últimos meses, nomeadamente do desemprego jovem, ajudaram a criar um clima de maior confiança e a alimentar a "sensação de que o pior já passou" o que pode ter contribuído para mais casais decidirem avançar.
Um país que antes da crise andou sempre pelos 100 000 nascimentos por ano está agora nos 83 511. É significativo porque é uma inversão da tendência de decréscimo registada nos últimos anos. E o mais curioso é que 2014 começou muito mal com os primeiros meses a registarem um número reduzido de nascimentos. Quer dizer que as crianças nascidas em 2014 foram concebidas já com o ano de 2013 a finar-se, justamente quando as boas notícias começaram a chegar. No Outono e no Inverno, a média mensal superou sempre em algumas centenas a registada em 2013.
Também contribuiu para estes nascimentos o facto de o governo ter colocado na agenda política a demografia - com a Comissão nomeada pelo governo a delinear um vasto programa de incentivos de apoio à família. ( medidas fiscais, conciliação trabalho/família, medidas ao nível da Educação, medidas sobre a saúde).
A oposição que se acautele, se o seu sentimento de desconfiança lhes der para não ter filhos, ainda vamos ter o país povoado de bébés de azul e laranja. Enfim, digo eu.