Não éramos a favor da descentralização?
O Ministério da Educação quer "municipalizar" as escolas. Isto é, tirar poder ao Ministério da Educação e distribui-lo pelos municípios. Tirar partido da "proximidade", do conhecimento dos problemas "in loco". Mas parece que não. Afinal, municipalizar, é mais um passo para privatizar. Há municípios tão maus, dizem os sindicalistas. É claro que não dizem quais, nem vale a pena, sabemos bem quais são os bons e os maus na sua opinião tão isenta. “Perigosa” e “desnecessária” é a forma como os dirigentes escolares qualificam a proposta de “municipalização” das escolas que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) tem vindo a negociar com os autarcas de vários concelhos do país. Esta gente tão preocupada é a mesma que grita contra a desertificação do interior. Fechar uma repartição de finanças no interior é um crime, mas dar capacidade de decisão aos poderes locais também é um crime. Parece,mas não tem nada de contraditório, basta ver quais são as consequências para os estatistas. Num caso, com ou sem repartição, o poder continua no Terreiro do Paço. Na municipalização das escolas grande parte do poder deixa a 5 de Outubro. Como dizia o "Gordo" : estão a mexer no meu bolso.