Na Venezuela a liberdade é um bem tão escasso como o pão
O 9º maior produtor mundial de petróleo afunda-se no "Chavismo" sem Chavez. Na miséria, na falta de bens essenciais, na falta de liberdade e nos assassinatos de jovens manifestantes. Os que olhavam para o "Chavismo" como um milagre de justiça, progresso e paz apressam-se agora a classificar a hecatombe como resultado da contra revolução e de infiltrados.
Há quatro anos estive na América do Sul em vários países. Nas conversas que fui tendo tentei inteirar-me do que pensavam de Chavez. "Um demagogo, mais um palhaço que humilha a América do Sul aos olhos do mundo. Tudo isto vai acabar numa guerra civil ou num ditadura militar como tantas vezes aconteceu." Quando cá cheguei diziam-me os meus amigos. "Não esqueças que falavas com gente em hotéis, restaurantes, não falaste com o povo das barracas." Tinham razão mas era preocupante aquela unanimidade em vários países.
O que se está a ver na Venezuela já se viu muitas vezes noutros lugares. Os subsídios do estado, mesmo com todo o petróleo do mundo, não conseguem tirar o povo da miséria. Compare-se com a Noruega, também produtor de petróleo que o usou para criar uma indústria sólida, incrementar a investigação e criar postos de trabalho .