Ministro da economia em texto de 2011 sobre transportes
Causa apreensão no sector. Em causa está um texto de opinião que Caldeira Cabral publicou a 4 de agosto de 2011 no Jornal de Negócios, onde admitiu que “o aumento do preço dos transportes públicos é parte da solução”, defendendo que “falta fechar serviços que não fazem sentido, em particular nos comboios regionais, reduzir custos e melhorar a gestão da rede de transporte”.
Os prejuízos de linhas com baixa utilização significam que os respetivos passageiros recebem um subsídio anual, que em alguns casos ultrapassa a dezena de milhar de euros, pago pelo mesmo Estado que paga pensões infelizmente tão baixas, ou que neste momento tem de cortar serviços muito menos caros e mais justificados”.
É estranho, mas um maquinista pode chegar a receber mais de 5 mil euros por mês, entre salário, horas extra-ordinárias e outras formas de remuneração”. E também defendeu uma rentabilização dos ativos das empresas de transportes. “Aproveitar melhor o espaço dos terminais e atribuir novas concessões, pode até trazer novas receitas, ao mesmo tempo que dá mais alternativas aos utentes. O mesmo pode ser dito da envolvente dos terminais de transporte onde algumas empresas de transporte têm espaços imobiliários muito centrais totalmente desaproveitados, perdendo com isso receitas potenciais e contribuindo para a degradação urbana”.
Como se vê há ideias centrais que são consensuais entre os governantes sejam eles do PS ou do PSD.