Mário presidente do Eurogrupo vai-nos proteger de Centeno ministro
Jerónimo de Sousa já viu tudo. Não será Centeno que vai mudar as políticas europeias, serão as políticas europeias que vão ter a garantia que Centeno as aplica em Portugal. Um seguro, pois, contra a geringonça.
Bem podem o PCP e o BE apontar o dedo a Bruxelas que estarão a apontar o dedo ao ministro das finanças do governo que apoiam. E Centeno, presidente do Eurogrupo, não tem outro cenário que não seja implementar o que for decidido em Bruxelas.
Pode, naturalmente, participar na construção das decisões, sendo um entre pares, mas não mais do que isso.
Centeno ganha reputação pessoal e profissional e Portugal ganha estabilidade mas, a geringonça, não ganha nada a não ser mais uma fonte de atritos.
O Presidente da República não está satisfeito com este governo, nem com este ministro, nem com esta nomeação. Foi por isso que, antes de qualquer elogio, lembrou a Costa que Centeno é, primeiro, ministro das Finanças de Portugal. Marcelo sabe que a presidência no Eurogrupo é em acumulação de funções, poderá ser um cargo em full-time apenas no próximo mandato se houver uma reforma do euro. Marcelo esta, agora, sobretudo preocupado com a estabilidade política, mas também deveria estar preocupado com a sustentabilidade das finanças e da economia. Se estiver a ouvir os empresários e gestores certos, certamente estará.