Maria Luís Albuquerque cheira bem, cheira a Lisboa
Santana Lopes exerce uma função de grande notoriedade e com muito poder. Os braços da Santa Casa chegam longe a nível nacional e com um mandato para mais cinco anos é difícil a Santana Lopes trocar o certo pelo incerto. É natural que o PSD espere por ele algum tempo - são as sondagens que definem estas coisas - mas não pode esperar muito mais tempo.
Começa a ganhar forma a candidatura de Maria Luís Albuquerque. É conhecida pela população, tem curriculum, tem capacidade de oratória, é economista, é deputada, foi ministra das finanças. E last but not de least é mulher. A primeira mulher como Presidente da Câmara de Lisboa soa bem, soa a Lisboa.
Ora se o PSD continua de braços cruzados e sentado à espera, queima Santana Lopes e queima Maria Luís. E mal se compreende porque o actual presidente da Câmara está longe de ser um candidato imbatível. Chegou à Câmara à boleia de António Costa, não tem notoriedade e nasceu e viveu no Porto. Maria Luís é de Braga, viveu em Moçambique com os pais e estudou e trabalha em Lisboa.
Medina anda a lançar obras por toda a cidade num afã que não prenuncia nada de bom. São as sondagens ? É que os lisboetas não estão a achar graça nenhuma ao estaleiro em que está transformada a cidade.