Marcelo primeiro ministro optimista não irritante
O governo passou de São Bento para Belém . O primeiro ministro é Marcelo . E Portugal é o país das maravilhas.
A dívida pública está demasiado alta? Se virmos em termos líquidos, melhorou. As taxas de juro da dívida a 10 anos subiram perigosamente acima dos 4%? Sim, mas depois baixaram. Foi uma vitória conseguir um défice de 2,3%? Sim, e certamente ficará ainda mais baixo. O modelo económico do governo está correcto? Os dados ainda não o contradisseram, esperemos pelos resultados fechados de 2016. Há riscos políticos dentro da “geringonça”? Sim, mas há também muitos consensos alcançados nas áreas-chave da governação. A TSU gerou uma crise política? Não, haverá certamente solução para breve. E a tensão política entre governo e oposição? Houve descrispação na sociedade e ter uma oposição forte é positivo para o país. Marcelo vive num país das maravilhas e, para ele, tudo está bem (ou, pelo menos, a melhorar) – é essa a mensagem que pretende passar. Mesmo que, na prática, a realidade seja muito menos colorida – a descrispação é uma ficção, a banca portuguesa está muito fragilizada, não há solução para quando a torneira do BCE fechar e a economia cresce muito abaixo do que crescia em 2015.
Tudo graças a Marcelo primeiro ministro. Oremos !