Marcelo pede pouco só o impossível
Marcelo pede mais crescimento da economia ao governo . Pede o que o país precisa mas que, nas actuais circunstâncias é pouco menos que o impossível.
O governo para conter o défice, em vez de fazer reformas e conter a despesa corrente corta no investimento . Sem investimento não há crescimento nem criação de postos de trabalho. Basta olhar para as previsões do próprio governo para não haver dúvidas acerca disso.
As agências de notação não melhoram um grau que seja a avaliação do país e isso traduz a pouco ou nenhuma vontade de investir por cá. Ora só em investimento privado faltam 120 mil milhões para que o país possa crescer 3%. E sem este número mágico não pagamos a dívida, não deixamos de pagar juros altos e não criamos emprego.
A Irlanda já recuperou 100% os números anteriores à crise, a Espanha está perto enquanto nós corremos para chegar a 2008.
Há a esperança que o Programa Europeu 20 possa substituir o investimento público que o governo cortou mas, é claro que esse investimento mesmo que bem aplicado só trará resultados daqui a dois ou três anos. Por isso no Programa de Reformas não há reformas nenhumas e no PEC aponta-se para uma moderada e não suficiente recuperação do PIB.
Marcelo não pode deixar acantonar-se com a "geringonça" porque pode ser que tudo isto falhe e, sempre que pode, vai lançando os avisos que lhe permitirão na altura certa afastar-se da situação.
O obstáculo maior à atracção de Investimento Directo Estrangeiro é constituído pelas elevadas taxa de imposto, em particular de IRC, e não há qualquer referência a planos para a sua redução.
Uma das mais graves e transversais queixas, quer de investidores estrangeiros quer nacionais, é a lentidão da administração pública.
Hoje o Trump baixou o IRC de 35% para 15% . Enquanto isso anda a ver se arranja uma guerra com o "queriducho" da Coreia do Norte. É claro que é maluco mas sabe como atrair IDE. Por cá o PCP e o BE não deixam.