Já não há governo
O que se passou ontem na Assembleia da República foi patético. Um primeiro ministro atacado à esquerda e à direita, perdida a maioria à esquerda e a clemência de uma maioria à direita .
Foram dias que espelharam o alheamento em que vive o Governo e os seus parceiros, indiferentes ao descrédito que infligiram à classe política com o debate, o motorista a recolher assinaturas porta a porta, a CIP a dizer não ter assinado o acordo que o primeiro-ministro disse já estar assinado ou coisa parecida. Porventura, atingiu os pináculos do ridículo quando os Verdes declararam, na prática, sem valor o acordo que assinaram com o PS no Parlamento, justificado pela defesa intransigente dos trabalhadores.
E a incapacidade de nada poder fazer culpando o governo anterior da alta de juros que empobrece o país.