Há que amarrar o PS à extrema esquerda
Entre a União Europeia e a extrema esquerda anti-europa há que escolher e por muita flacidez táctica que António Costa seja capaz não vai poder fugir a essa escolha estratégica.
O PSD vai poder agora preencher o espaço ao centro que já foi seu em contraponto ao PS companhon de route de partidos marxistas-leninistas anti-Zona Euro. E os sinais são cada vez mais evidentes, com a agitação dos sindicatos e as exigências de Jerónimo e Catarina.
A Comissão Europeia vai dando uma na ferro outra na ferradura, ora louvando o momento de crescimento ora advertindo que é necessário avançar com mais redução do défice, sem o que a dívida não desce. É uma questão de tempo, o PS está obrigado a obter uma maioria absoluta em eleições a não ser...
E aqui entra o próximo secretário Geral do PSD já que Cristas anunciou o que se esperava. Não entra em coligações com os socialistas.
Rui Rio ou Santana Lopes um deles vai ter que reposicionar o PSD ao centro e vai ter que confirmar que não aceitará ser segundo num governo liderado por António Costa. Este está a descobrir que a geringonça não serviu só para lhe salvar a pele após uma derrota eleitoral, amarrou-o também à ideologia que Mário Soares sempre combateu.
Rui Rio é estrategicamente mais consistente que Santana embora este seja mais flexível na táctica. Ora com o nosso comprometimento com a Zona Euro a estratégia está traçada o que o PSD pode e deve fazer é enveredar por políticas que são as suas - a social democracia.
Uma sociedade civil liberal, uma economia de mercado e um estado mais leve e menos interventor são os factores fundamentais para que o país consiga sair da pobreza, da desigualdade e da dívida. Cenário que nunca foi experimentado em tempos de crescimento.
É verdade que Santana está mais maduro mas eu comprava mais depressa um carro usado a Rio.
As sondagens que precisam de alguns dias para serem realizadas - não, estes dias de espera não são nada de reflexão - vão dizer quem é o preferido.