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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Há pouco mérito no crescimento da economia portuguesa

Beneficiamos de condições externas excepcionais. Estímulos do BCE, preço do petróleo, crescimento elevado dos nossos principais parceiros comerciais. Mas mesmo assim não conseguimos chegar aos 3% valor que, por exemplo a Espanha ultrapassa desde 2015.

Nos últimos dois anos, pouco ou nada tem sido feito para ultrapassar os bloqueios estruturais ao crescimento económico. Pelo contrário. Em alguns casos, como na área da fiscalidade, o movimento tem sido no sentido de deteriorar a competitividade da economia portuguesa face aos seus parceiros comerciais. Também a forte redução do investimento público – que poderia não ser grave se existisse uma estratégia clara de afectação dos recursos – pode vir a pôr em causa a competitividade da economia portuguesa. Na área do ensino superior e investigação, há estratégia, mas, infelizmente, não há dinheiro. Pode ser que se aproveite o movimento da descentralização para reformar o Estado…

Resumindo, no crescimento de 2017, há muito pouco mérito do actual Governo. E não quero com isto dizer que há uma solução fácil para pôr a economia portuguesa a crescer de forma sustentada em torno dos 3% ao ano. O problema é que essa não parece ser uma prioridade deste Governo. E, assim sendo, só nos resta esperar que os ventos internacionais nos continuem a soprar de feição.