Há novos ventos a soprar em Bruxelas
Nós não somos pela austeridade mas por regras sérias e também pelo dinamismo da economia. Os cidadãos estão fartos da evasão fiscal praticada pelas empresas. Queremos redireccionar claramente a construção europeia. Vários países já estão a beneficiar de vários tipos de flexibilidade.
Costa estará assim a seguir o exemplo deste novo pragmatismo europeu. Uma militância pró-austeridade é que estaria agora fora de moda. Pierre Moscovici, socialista e ex-ministro das finanças francês, militante trotkista na sua juventude é que está à frente deste pelouro. Não há razão nenhuma para acreditar, como dizem os nossos comunistas e neocomunistas, que estamos perante chantagem externa.
Há novos ventos a soprar em Bruxelas. Agora o que interessa é a economia e o emprego, é para aí que está orientada a Comissão Juncker. A política monetária não pode fazer tudo é preciso que as políticas nacionais também estejam alinhadas.
O processo de desenvolvimento da UE e do Euro está a passar pelas várias fases de uma construção que envolve 28 países e 500 milhões de pessoas. Nada de semelhante foi feito antes. É a mais extraordinária obra politica-social-económica alguma vez erguida pelo homem. E os grandes problemas com que agora se debate vão ter a resposta mais responsável, fruto do querer e da negociação. Como a dívida que de impagável passará a pagável depois de reestruturada segundo os ditames da seriedade e dos interesses em presença.
Quem quer sair do Euro tem alguma coisa mesmo que pequenina para nos oferecer?