Greves sim e respeito pelos utentes também
Definir o conceito de serviços mínimos. Minimizar os prejuízos a terceiros que não têm culpa nenhuma de patrões e sindicatos não conseguirem resolver os seus problemas laborais.
A greve, um direito conquistado com muita luta e sacrificio, não pode ser utilizada na luta política. Não deve ultrapassar o âmbito laboral. Não deve imiscuir-se na administração das empresas ( há sempre o recurso aos tribunais se considerarem que os gestores estão a praticar "gestão ruinosa" e a colocar em perigo os seus postos de trabalho ).
Como se vê com as greves das transportadoras na grande Lisboa e grande Porto a greve tem, como finalidade, prejudicar o máximo possível os utentes, passando por cima do direito ao transporte já pago e no período em que os utentes mais precisam do serviço. E, sabendo que, os utentes, na sua esmagadora maioria não têm alternativa.
Também ajuda para os abusos o facto de, nas empresas públicas, os prejuízos serem pagos pelos contribuintes. Isto é, os grevistas não correm risco nenhum mas fazem o " o mal e a caramunha".