Governar ao centro sem uma coligação PSD/PS
A grande degradação da imagem do governo devido ao inferno dos incêndios, do trágico-cómico roubo em Tancos, do envolvimento de Vieira da Silva e mulher no caso Raríssimas, na perigosa deriva que se desenvolve na AutoEuropa, na degradação dos serviços públicos e outros acontecimentos infelizes afastaram definitivamente o PS de uma maioria absoluta que deseja . E o caso Sócrates trará novos desenvolvimentos e até novos nomes de seus camaradas de partido e de governo .
Nesta última fase da geringonça temos o PCP a afastar-se das políticas pró-europeias do PS e o BE a tentar ganhar votantes ao PS para impedir a maioria absoluta .Tudo isto será muito mais visível em 2018/9 e mostrará que à esquerda a solução está esgotada.
No domínio das potenciais alianças, o PSD também tem vantagens naturais nas próximas legislativas. A governação PS é apoiada por dois partidos à esquerda, que competem todos entre si, e cuja a aliança não é a mais natural. Nos dois próximos anos, à medida que se aproximem as eleições, vão acentuar-se as diferenças. "À direita, PSD e CDS têm, se quiserem, uma coligação natural e partem sem competidores no espaço político que ocupam. O PSD de Santana ou de Rio pode ensaiar o discurso ao centro que quiser, que não terá nada a perder", remata Costa Pinto.
E o novo secretário-geral do PSD é a chave para a polémica Lei do financiamento, do pagamento do IVA e da limitação dos apoios partidários que tem toda a gente contra.