Eutanásia : Um passe social para a morte por trinta dinheiros
Então porquê agora? Porquê a pressa? Porquê a urgência?
Talvez porque a passagem do Orçamento Geral de Estado e do IVA da electricidade, viabilizada pelo BE, tenha tido como moeda de troca a legalização da eutanásia.
E esta entrega de uma licença para matar assim, por trinta dinheiros, parece querer fazer-se à socapa, ignorando pareceres, recusando um debate mais aprofundado, rejeitando adiamentos ou referendos populares, fazendo vista grossa aos trágicos deslizes já bem visíveis nos poucos países que legalizaram a eutanásia. É mais um destes abusos de poder da classe política feito em circuito fechado, longe dos cidadãos, numa questão que é, literalmente, de vida ou de morte.
Hitler esteve sempre muito atento a estes estudos e práticas. Desde 1924 que seguia os progressos eugénicos na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos com atenção e admiração. A eliminação de indivíduos inaptos, de crianças deficientes, de doentes mentais, bem como a esterilização dos racialmente inferiores, que os teóricos anglo-saxões tinham seguido numa linha de purificação e melhoramento da raça, interessavam-lhe particularmente. Num livro controverso (Hitler’s American Model – The United States and the Making of Nazi Race Law) James Q. Whitman procurou estudar a influência das leis segregacionistas do Sul norte-americano na legislação racial alemã, nomeadamente no casamento inter-racial. As teorias eugenistas e os programas de esterilização dos seres “inferiores” foram também uma fonte de inspiração. Segundo John Toland, Hitler, que conhecia bem a conquista do Oeste e que era, na juventude, um leitor entusiasta dos westerns de Karl May, ter-se-á também inspirado nas reservas índias para os campos de concentração.