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BandaLarga

as autoestradas da informação

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E se os professores mais antigos fizessem a prova seria diferente ?

Sendo os professores tão avessos a serem avaliados fica, com legitimidade, a pergunta. Têm medo?  E se a prova de avaliação aos mais novos fosse estendida aos mais velhos seria diferente? É, claro, que nesta classe há bons e maus como em todas as outras classes profissionais e é por isso mesmo que a pergunta se torna pertinente. Quer se queira quer não é o que pensa cada vez mais gente. Leia-se este comentário apanhado em "O Observador" da autoria de José Marques : "Só não dou razão no ponto em que limita os problemas aos professores mais novos, da denominada geração rasca – termo bem estúpido e injusto por sinal, já que a geração anterior que os antecede é a grande culpada dessa de que fala. Péssimo ensino, educação descuidada em casa, facilidades exageradas no percurso de desenvolvimento, etc. Eu, que sou dessa geração, passei por inúmeras reformas educativas ao longo do meu percurso escolar. A consequência, como exemplo, é que nunca dei história para além da revolução francesa e é apenas um exemplo. A geração rasca foi formada por alguns professores que eram uma lástima – eu tinha como professora de jornalismo um senhora que nos punha a ler os jornais do dia e se ia embora para a sala de professores. Tive professores génios, mas uma boa percentagem de incompetentes na chamada escola pública do Sr. Nogueira onde cabe todo o género de irresponsabilidades: horários zero, professores que faltam mais de um terço do ano lectivo (às vezes mais), professores que acumulam com outras actividades secundárias com total corporativismo dos colegas, professores que nunca o foram, professores que nunca acabam os programas ou o distorcem porque não concordam com o oficial, professores que levam para a sala de aulas guerras com o Ministério, com a direção e até com outros colegas, etc.
A chamada geração rasca não pode ser o bode expiatório. Mas alguém acredita que se a avaliação fosse estendida aos mais velhos seria diferente? Não me surpreendia mesmo nada que fosse ainda pior, tal o grau de laxismo e degradação pessoal a que muitos dos mais velhos chegaram, os tais da minha geração que formaram a geração rasca. Os melhores avaliadores são os pais que seguem os seus filhos e que fazem guerras nas escolas para todos os anos evitarem professores que toda a gente conhece, mas todos mesmo, desde a direcção da escola, aos colegas professores, aos alunos e aos pais, que não são competentes tecnicamente e, sobretudo, pedagogicamente.

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