É preciso salvar o modelo social europeu
O modelo social europeu é o maior feito político e social da humanidade. É o que nos distingue de todos os outros modelos. Exige uma democracia confiante, e a solidariedade como padrão. Mas só é possível com uma economia pujante. A economia social de mercado.
Uma economia assente na livre iniciativa apoiada num estado facilitador e regulador. Mais de 60% das empresas europeias são pequenas e médias que asseguram 80% do emprego e 60% da riqueza criada.
Esquecer isto tem sido a nossa desgraça enquanto nação. Temos um estado que absorve 50% da riqueza, com uma administração pública pouco amiga da iniciativa privada e que gasta muito do seu tempo e dinheiro com grandes empresas monopolistas e que operam no mercado interno sem concorrência.
Estamos a pedir sacrifícios aos cidadãos, aos pais, para aceitarem salários mais baixos, impostos mais altos e menos serviços. E para quê? Para salvar os bancos. E os filhos estão desempregados. Se não mudarmos isso, se não voltarmos a um tratamento igualitário e justo, as promessas feitas pela Europa não serão cumpridas”.
Uma tão alta nobreza de intenções não é compatível com um estado esbanjador e incompetente. O resto é aritmética.