É preciso defender a Companhia das Lezírias dos patos bravos
Está bem entregue às corujas. A Companhia das Lezírias é a última defesa para norte da invasão do betão. Dona das terras mais produtivas do país , perto de um grande centro consumidor e do aeroporto para as exportações, é um naco suculento para o apetite insaciável dos patos bravos. Dá trabalho a centenas de produtores com quem faz contratos de arrendamento a longo prazo, uma forma de dificultar a privatização. Beneficiada com a existência de muita água ali é possível produzir tudo.
A Companhia das Lezírias é a maior empresa agro-pecuária de Portugal, com 20 000 ha, localizada ao lado de Lisboa do outro lado da Ponte Vasco da Gama e da Ponte de Vila Franca de Xira , em que para além de extensas áreas agrícolas e florestais possui ainda várias barragens. Recentemente a Companhia das Lezírias decidiu desenvolver e alargar as suas actividades turísticas. É certo que se alguma vez for privatizada será transformada em campos de golfe e em hotéis.
Dormiria mais descansado se o Ministério da Agricultura e a Assembleia da República tomassem nas suas mãos a defesa intransigente daquela jóia, definindo de uma vez por todas que o objectivo é a agricultura.