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BandaLarga

as autoestradas da informação

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E Portugal está a fazer o que é preciso ?

Parece que não pese o foguetório : 

Devemos preocupar-nos porque a política monetária dos últimos anos está a chegar ao fim. E Portugal foi bastante beneficiado, tendo visto as suas taxas de juro reduzirem-se substancialmente (bem como o spread face à Alemanha).

No entanto, desde o início de 2016 que a redução do spread face à Alemanha inverteu-se. Portugal chegou a ter 150 bp de spread (a 10 anos), com a taxa Portuguesa a ser de 1,5% (isto em abril-maio de 2015). Depois do início de 2016 quer o spread, quer a taxa de juro subiram. Há uns meses atrás a taxa de juro a 10 anos chegou aos 4%, com o spread próximo dos 350 bp. Neste momento a taxa a 10 anos de Portugal está nos 3%, mas o spread face à Alemanha continua próximo dos 250 bp.

No entanto nós sabemos que virá novamente uma subida das taxas de juro e que não é de excluir a possibilidade de no médio prazo termos de novo uma crise mundial.

Assim, devíamos estar a ter uma política mais exigente. Por um lado, em termos de reformas estruturais que melhorem a competitividade da nossa economia. Por outro lado, ao nível orçamental uma consolidação não apenas do défice nominal, mas sobretudo focada em reduzir o défice estrutural. E em simultâneo, uma redução rápida (com um plano ambicioso e credível) da dívida pública, de forma a passar rapidamente dos 130% para os 100% do PIB.

Para que na próxima tempestade não sejamos apanhados (novamente) de surpresa, e com cada vez menos margem de manobra.

Da mesma maneira que no arsenal de Veneza se lia “feliz a cidade que em tempo de paz pensa na guerra”, podemos dizer “feliz o país que em tempo de (alguma) bonança e crescimento, pensa na próxima recessão”.

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