Doenças mais graves que o covid -19 que não foram tratadas
O Bastonário da Ordem dos Médicos apresenta uma proposta para a recuperação dos doentes que não foram tratados a doenças comuns e que essa recuperação se faça em parceria com o sector social da saúde.
Nos três meses de maior confinamento – março, abril e maio – houve menos 900 mil consultas hospitalares, numa quebra de 38% em termos homólogos; uma redução de 93 mil cirurgias, numa redução de de 57%, menos 3 milhões de consultas presenciais dos centros de saúde e uma redução de 44% no recurso aos serviços de urgência, em termos homólogos.
"Era importante fazermos uma campanha a explicar que situações como o enfarte agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral, a insuficiência cardíaca, a doença pulmonar crónica obstrutiva ou a asma, as doenças oncológicas de uma forma geral - são mais graves do que a própria covid-19".
Na verdade, acrescento eu, não é razoável que a oferta hospitalar disponível não seja convocada para atender estes milhares de potenciais doentes graves.
Razões ideológicas falam mais alto que as necessidades dos doentes.